Seres Terrestres

Seres terrestres são todas as coisas vivas criadas por Deus. Deus: aquele Ser que tem vários nomes,eu o chamo de Deus obviamente cada um tem um nome para ele ...Mas aqui não falarei de todos os seres e sim de alguns como:Seres humanos (às vezes não muito humanos ) Colocarei algumas poesias,reflexões... falarei de coisas do dia de hoje de ontem e de amanhã.Falarei para mim mesma e falarei para todos que quiserem ler...

Monday, September 27, 2004

Do amor verdadeiro o que faz...

Do amor verdadeiro o que faz...
Faz ter uma segurança sem fim,
De tudo o que vier,
Que a vida nos apresenta,
Seja algo inesperado,
Que nos deixa desorientado,
Com amor é mais fácil enfrentar...
Se for coisas boas,
Que prazer poder contar!
E nas lindas noites de luar,
Poder chamar o seu amor,
E com ele compartilhar,
A beleza de poder enxergar,
Como mágica... A lua cheia o céu iluminar!
Escutar uma balada de amor...
Acompanhada do ser amado,
Com a cabeça encostada,
E as mãos entrelaçadas,
Quer coisa melhor?
Não existe...
Pois quem tem amor sintonia,
É uma afinação única...
O dial fica na mesma emissora,
Onda vem,onda vai,
A vibração é uma só...
É amor pra cá...Amor pra lá...

Wednesday, September 15, 2004

O Perdão

Tudo te perdoei...
Tuas palavras não ditas,
E as mal...ditas também...
Perdoei teus pensamentos,
Que de mim guardavas,
Quando meus ouvidos ansiavam escutar....
Perdoei teus longos silêncios....
Mesmo eles falando demais!
Perdoei os abraços que não davas,
Porque....Os meus davam pelos teus...
Tudo te perdoei...
O mais difícil foi perdoar...
O amor que em mim foste matando,
Não sobrando nada...nada...mais...
Mas mesmo assim consegui te perdoar...
Tudo te perdoei...

O VAZIO

Me sinto assim...
Vazia de ti,
Foste sumindo,sumindo,
De mim...
Procuro em mim
Qualquer coisa...
Por pequena que seja de ti,
Mas nada mais encontro,
A não ser o vazio de ti,
Em mim....

Saturday, September 11, 2004

Sem Mim...

Tenho andado tão apressada,
Que...Tenho passado correndo por mim,
Então,tenho que voltar para me buscar,
Sem mim,não posso andar...
Esta que às vezes eu deixo,
Faz uma falta! Sem ela nada sou...
Sem ela, sou como uma casca vazia,
Ou mesmo um robô...
Que faz tudo automatizado,
Cumprindo só aquilo que foi programado,
Deixando o ser eu...De lado!
Por isso...Sem mim não posso andar...
Ela é a minha parte indispensável,
Que me faz ser eu...Em sua totalidade!

Friday, September 10, 2004

Daquilo Que Não Se Vê ....

De tudo que é lugar eu gostaria,
Desde que seus olhos eu pudesse olhar...
E nele enxergar o irradiar...Como estrelas em noite de luar!
Mas...De tudo que mais eu queria, era ver você sorrir,
Por qualquer coisa...Assim por nada...
E assim por sentir...
Daquilo que ninguém vê...Mas apenas se percebe,
Por estar sempre tão contente,
Sem um motivo aparente...A não ser por uma sintonia constante,
De algo tão deslumbrante...Que não se deixa avistar...
Senão que descontrola...Dando vontade de beijar!
E esta condição emocional que ninguem vê...
Passa pela visão,audição...Olfato,gosto e tato!
De fato...Para que razões de algo irradiador,
Senão apenas usufruir deste sentimento,
Que é nos dado de graça e que se chama...Amor!

Thursday, September 02, 2004

O Ciclista (Uma estória real)

Era um Domingo,dia de não ter nada para fazer. Dia de querer e não ter,dia tedioso,então sem mais e nem menos ele apareceu.Eu,dentro de casa,minha filha no terraço. Ele chegou de bicicleta com uma mochila grande nas costas,vinha pedalando devagar olhando se o lugar era bom.O lugar que ele escolheu foi uma praça,a rua defronte a ela quase não tinha casas,eram só cinco,era bem curta,a maioria das casas todas fechadas como se não tivessem moradores. A praça tinha uma escadaria que atravessava saindo noutra rua.Tinha um pequeno escorrregador,dois balanços e uma caixa de areia três por dois,mas crianças quase nunca havia,crianças não gostam mais de praças. Na praça havia uma grande pedra que dava para sentar. Ele desceu da bicicleta,deitou-a no chão,tirou a mochila das costas e desceu numa baixada que lá existia,saindo da nossa visão. Era um jovem de seus dezenove anos,corpo de atleta mais ou menos com um metro e setenta,cabelos encaracolados,rosto bonito.Depois de uns minutos apareceu...veio vestido com uma saia preta bem curta e justa,uma blusa de lycra delineando uns seios pequenos,sandália de salto altíssimo,na mão uma bolsa,lábios pintados de vermelho carmin. E aí começou o desfile. Minha filha que estava no terraço fazendo nada,entrou correndo casa a dentro (achando que não estava vendo direito) chamando não muito alto:
---- Mãe vem ver! Vem ver o que está acontecendo aqui na rua!
Como nada ali na rua acontecia,eu estava lendo no meu quarto,e pela maneira que ela falou achei que era melhor correr,pois me parecia pelo tom da voz dela que se eu demorasse iria perder o que "estava acontecendo ali na rua".Mal apareci na porta do terraço vi os sinais que ela fazia para eu agachar,então obedeci e fui me arrastando até a mureta pelo canto da parede.Lá chegando vi o "modelo" rodando a bolsa de verniz,com as pernas bem musculosas no seu salto alto,minha filha de pé participando do desfile como platéia... E o desfile continuou... A filha da minha vizinha que morava na casa ao lado,amiga de minha filha,também veio olhar,pois foi avisada pelo telefone que desse uma olhada pela janela que o tédio iria passar!
O desfile não parava! Eram blusas vermelhas,coloridas,saias brancas,sempre curtas mostrando as pernas bem torneada,também trocando de sandálias sempre com saltos enormes. Ele desfilava como se estivesse na passarela quase no meio da rua que era de paralelepípedos,difícil de caminhar,mas ele estava se saindo muito bem,parecia que até já fazia isso há muito tempo! Nada falou, depois de um determinado tempo foi para trás de uma árvore com um tronco grande,colocou sua roupa de ciclista,um short e uma camiseta de mangas curtas, pegou sua bicicleta e foi embora pedalando devagar...O show tinha terminado,ao menos por este domingo. Eu cá comigo pensei... Que o tédio deveria ser geral,o que não fazemos para sair dele. Como não me surpreendo mais com nada,e o meu lema é "viva e deixe viver",achei que "ele" deveria também estar com o famoso "tédio" de domingo,e com vontade de "desfilar com roupas femininas" e aproveitou achando que naquela rua,como não passava uma alma sequer que ali deveria ser um ótimo lugar...moradores enfadados esperando o domingo terminar para chegar a segunda-feira,não menos chata!
Minha filha depois veio perguntar o que eu tinha achado,e se ele viria novamente...
O que eu tinha achado? Que ele desfilou melhor que muitos modelos,principalmente se tratando de uma rua com paralelepípedos! E quanto a se ele voltaria,eu disse que sim,pois a platéia deu sinal verde para ele! Só faltou aplaudir de pé...
E assim foi,lá pelas duas horas do outro domingo em que a chatice já estava no meio do pico...ele apareceu! Eu estava no terraço,vi ele chegando,fui saindo de fininho...pois eu era platéia dos "fundos" minha filha mesmo disse... Se tu aparece capaz que ele vá embora! Para não pertubar,eu via o "desfile" no cantinho do terraço,mas que ele me via,via com certeza!
E lá de novo,modelos inéditos,sandálias de verniz e o troca- troca no camarim atrás da árvore,assim foi vários domingos...
Enfim o que eu temia aconteceu,que alguém não muito condescendente,visse e não gostasse por "A ou B". Mesmo não passando quase ninguém naquela rua e ele estar sempre atento era fatal acontecer,e aconteceu!
Estava ele bem compenetrado no seu desfile,até já nos acenava quando desfilava como se realmente estivesse na passsarela quando despontou uma senhora que morava nas redondezas,e teria, quisesse ou não, de passar por ele. Ele manteve a postura,para disfarçar sentou na pedra que servia como um "banco" e fingiu não vê-la... E eu vi a senhora passar...sem mexer o pescoço,caminhando reto fingindo igualmente não enxergar tal "esquisitice",mas com o rabo dos olhos totalmente virados para o "artista" querendo também ver que "diabo" era aquilo!
Mas eu sabia,e ele também,que a coisa ia esquentar...Ele,mal ela virou as costas,foi correndo trocar os trajes,colocando todo o "figurino" na mochila.Conforme ele terminou rapidamente vestindo seus trajes "normais" de ciclista sentou na pedra. Não demorou quase nada apareceu um carro da polícia na nossa rua...Eu não entendi como ela pôde tão rápido "achar" a polícia na rua,pois eu mesma já precisei telefonando,e eles parecendo quase duas horas depois...Na mesma hora interpelaram o "ciclista" pedindo os documentos que ele prontamente entregou. A polícia olhou,nada vendo de "estranho" a não ser um jovem descansando das pedaladas.... foi embora,achando que talvez a "senhora" estivesse enxergando ou demais ou de menos!
A seguir o "ciclista" pegou a sua bicicleta e foi pedalando sem olhar para trás... ali na rua"desfile" no domingo nunca mais! Ah que tédio!
Tempos depois eu entro numa academia do meu bairro,e para meu espanto vejo o "ciclista" na maior puxação de "ferros"...
Bem...eu fingi não reconhecê-lo,e ele fez o mesmo...Nas muitas vezes em que nós passamos um pelo outro na academia,eu lembrava dele desfilando,e ele com certeza lembrava de mim como platéia,que afinal soube valorizar o "modelo" desfilando numa rua quase deserta (nem tanto!) nos domingos de tédio...