Beija-flor... (2)

Beija,beija-flor,
Beija com tanto ardor,
E suga o mais doce beijo,
Com todo o amor...

Lembranças...

Será que ainda pensas em mim?
Muito? Mais ou menos?
Um pouco talvez...
Ou...Um quase nada?
Mas que importa agora,
Tanto faz...
Se eu... Penso em ti,
E porque és uma lembrança,
Como tantas que tenho por aí...
Ao correr dos dias,
Como quadro à quadro,
Cenas vão passando...Cenas mudando,
Em algumas tu estás...
Muito..Mais ou menos,
Um pouco...Ou...
Um quase nada...
Talvez...Talvez...

A cacatua...

Quando eu morava em outro bairro,costuma andar de bicicleta todos os dias,
na beira do rio guaiba,quase sempre no mesmo horário,tipo cinco ou seis horas da tarde.

Lá quase no fim do trajeto,perto de um clube em que o telhado avançava via sempre uma cacatua

sozinha que ali se abrigava... A primeira vez que a vi, fiquei horas olhando pois além de achar um pássaro lindo e exótico,raramente se enxerga cacatuas soltas voando a céu aberto,a não ser nas florestas...Para quem não sabe,cacatua é uma espécie de papagaio todo branco com penas eriçadas na cabeça.Naquele local que ela se abrigava,vivia também um bando de pombas,mas ela nunca se misturava,ficava distante de todas...Me dava pena de ver a cacatua tão sozinha longe dos iguais da suas espécies,ou seja pombas não são cacatuas e vice-versa... Vi esta cacatua muitas vezes,via ela chegando,ou partindo,para onde eu não sei...
Imaginei que ela deve ter fugido de alguma gaiola,e isso me deixava feliz,pois pássaros devem de voar e não ficar em poleiros,ou presos, nasceram com asas...Para voar...Para serem livres...
Tempos eu passava e sempre via a cacatua embaixo do telhado perto das pombas,mas não muito perto...

Até que um dia ela sumiu...Não apareceu mais lá naquele local...As pombas sim,continuaram...Passou um tempo acabei mudando de bairro e nunca mais passei por este lugar...Sempre que eu a via(antes) desejava que ela encontrasse seu par,que fosse um macho ou fêmea da sua própria espécie...Afinal ela voava podia ter a sorte de achar...
Esta semana mudei meu trajeto de carro,coisa que nunca faço,pois se torna mais longe de onde moro, passando pela mesmo local onde ficava a cacatua.. E instintivamente olhei para o telhado do clube e para minha surpresa vejo a cacatua,nem acreditei... Mas... Infelizmente sozinha...Tá dificil...Puxa até com que voa! Imagine-se com quem não voa! Acho que "cacatuas" estão em extinção!

Beija-flor...

O beija-flor,quando beija a flor,
Fica extasiado!
E, para que o beijo fique mais prolongado,
Voa então, no ar...Parado!

Desejo...

(Tenho outros também,mas este é especial...)
Tenho um desejo...
Sempre que olho para as noites estreladas,
Estrelas tenho vontade de segurar,
Pegar na mão...Poder sentir...Examinar...
E saber então...
De onde vem tanto cintilar!
Garanto que os anjos tem a formula...
Que Deus deu...
Para eles...Estrelas poderem fabricar...

Se pudéssemos...

(Estes dias nublados de inverno,me parecem tão tristonhos...)

Se pudessémos...
Deveríamos ter caixas,
Para lembranças boas guardar...
E quando dela esquecêssemos,
Era só a caixa abrir...
E as lembranças...Todas saírem...
E para as lembranças ruins,
Estas fecharíamos a sete chaves!
E um lembrete colocar...
Não abra! Aqui a tristeza está!

Lua,lua...

Lua como pandorga,
Pendurada por fios,
Que vão além...Do céu...
Lua...Se fosses uma pandorga,
À noite eu iria...Te pandorgar...
Mas mal o sol despontasse,
Imediatamente te traria...
E embaixo da cama te colocaria,
Para ninguém te achar...
Mas quando a noite chegasse,
Logo,logo com fios tecidos,
Por querubins...Eu iria no céu,
Te soltar!

Murmuro...

No ar que eu murmuro,
Sem pensar...Sem querer...
Sai o teu nome!
Que a brisa leva para longe...
Pena que não a leves a ti!
(Se possível fosse!)
Se gostarias ou não,
Não saberei...Mas tu saberias
Que ainda gosto...
Do teu nome chamar!

Por Ti...

Rezo por ti (sempre)
Para que estejas feliz...
Desejo tanto!
Do fundo do meu coração,
Gostaria muito que soubesses,
Por isso escrevo aqui...
Mas... Se o pensamento é uma fonte de energia,
Eu a mando todos os dias..
Com certeza receberás!
Rezo por ti...Nunca esqueço...
E peço a Deus...Aos anjos,
E a tudo que é santo...
Que estejas feliz...Se não sempre!
Mas que seja... De vez em quando...

Chuva,chuva...

Olha a chuva que não para!
O dia está cinza!
Dois pássaros encharcados,
Tentam cantar uma melodia,
Para ver se alegram o dia (sem sucesso!)
Eu me sinto também,
Encharcada...De lembranças...De saudades...
Oh! Sol! Onde andas que não vens?
Preciso que venhas para colorir o dia!
Esta chuva...Chove,chove...
O dia cinza...Chora sem parar,
E eu encharcada...
Não sei como me secar!

Conforto...

Sem querer...
Me pego a pensar em ti!
O pensamento é instável...
Procuro a tua foto,
E ...Vejo o teu sorriso...
Sorrias para mim? Ou para a máquina?
Um sorriso...Contido...Isso lembro sim!
Nunca deixaste de verdade,
O teu "eu" livremente sair...
Eras...Com alguma exceção,
Raras vezes tu...
Te trancavas com tantas chaves,
Tantos "eus" em ti...
Quanto cansaço dá em não ser...
Querendo sair...Mas achando que não...
Que pena que naqueles momentos,
Nunca paraste para pensar...
Que só temos uma vida...E é só nossa!
Mas se isso serve de conforto...
Ainda sinto saudades do que eu fui,
Eu fui eu...Livremente...