Seres Terrestres

Seres terrestres são todas as coisas vivas criadas por Deus. Deus: aquele Ser que tem vários nomes,eu o chamo de Deus obviamente cada um tem um nome para ele ...Mas aqui não falarei de todos os seres e sim de alguns como:Seres humanos (às vezes não muito humanos ) Colocarei algumas poesias,reflexões... falarei de coisas do dia de hoje de ontem e de amanhã.Falarei para mim mesma e falarei para todos que quiserem ler...

Saturday, November 27, 2004

Coisas pra te contar...

Tenho tantas coisas pra te contar,
Sei...Não estás aqui para escutar,
Mas mesmo assim eu vou falar...
Agora é primavera,
Os sabiás não param de cantar,
Os jardins estão todos coloridos,
Tem feito lindos dias de sol,
Embora chova também...
As tuas hortênsias estão todas em flores,
Creio que sabes...Eu trouxe elas comigo,
E plantei-as num lugar especial!
Hoje ainda as vi, e lembrei de ti..
Não que eu disso precisasse,
Das hortências... Para de ti lembrar...
Mas é que não esqueço, que tinhas um prazer,
De vê-las cescer... Que é difícil não associar...
Não demora já é natal...
Mas desde que foste...O natal não é igual,
Nunca te falei, mas a festa,
Ultimamente eu fazia mais por ti...
Gostavas tanto!
A árvore eu fazia a mais bonita,
Que era para te encantar,
Lembras? Logo que eu terminava,
Os enfeites de colocar,
Eu ia depressa te chamar,
Para ver teus olhos brilhar!
O ano novo... Não demora a chegar...
Mas finjo ser um dia normal,
A tantos outros que passam,
Sem eu notar....
Quase esqueci...Não sei porquê,
A bananeira...Nenhuma fruta deu,
Mas sempre acho que uma hora dessas,
Um cachinho vai nascer! E quando isso acontecer,
Decerto vais vir olhar...
E de alguma maneira...Ali...Vou te enxergar!
Agora vou terminar...Já está a amanhecer
E o sono não me deixa nada mais ver...
E o que eu tinha para te contar... Acho que contei...
Mas se algo esqueci...Não importa não,
Um tempo qualquer voltamos a nos encontrar,
E a conversa com certeza...Em dia vai ficar...

Sunday, November 21, 2004

Todos Quase...

A mulher esperava. Como todos , ela esperava, todos estão sempre esperando alguma coisa.
Uns esperam a guerra acabar, outros a saúde voltar, tantos esperam ter filhos, muitas crianças uma família, outros um emprego, uma casa que seja sua, esperam alguém que foi viajar esperando que um dia volte, talvez para buscar ou quem sabe para ficar, são tantos desejos! Reais e sonhados...A mulher como todos também esperava...
Ela esperava o amor...Ela sabia que todos também ansiavam por este sentimento, pois era um sentimento que embelezava, purificava, fortalecia e quem tivesse ele, as outras esperas se tornavam mais fáceis de se realizar. Mas com o tempo este sentimento foi quase que desaparecendo, se tornando muito raro, então por ser raro começaram a falsificar... E era difícil logo quando encontrado saber se era autêntico. Muitos diziam - eu encontrei o amor! E todos ficavam com as esperanças renovadas. Mas passado alguns anos, ou mesmo meses, a falsificação aparecia, pois o amor era todo colorido, e o falso logo ficava desbotado. As cores iam sumindo e virava um cinza transparente, e, depois desaparecia!
E a pessoa que achava que tinha encontrado o amor verdadeiro ficava com uma tristeza infindável e só...
Todos faziam de tudo para achar o amor verdadeiro, mas a maioria vivia trabalhando tanto que não tinha mais tempo para procurar. Começaram então a colocar anúncios em jornais, revistas, pedindo o amor puro, mas não queriam o falsificado, queriam ver o comprovante de autenticidade. O comprovante de autenticidade no amor era refletido no olhar, quando verdadeiro as duas pessoas sentiam as mesmas emoções, o coração batia tão mais rápido, ficavam como que hipnotizadas, e com uma vontade de se doar, e, quase tudo de triste esqueciam...Mas todos eram obrigados a dar um tempo para o amor se revelar por completo, pois o amor, às vezes, se revelava na primeira vez, e outras, ele demorava um pouco mais para se deixar reconhecer. E o amor tinha exigências...queria solidariedade, cumplicidade, honestidade, e muita benevolência...
E a mulher esperava...Ela saía para a rua e procurava nos olhares das outras pessoas se encontrava o amor, mas as pessoas na rua não se olhavam, passavam umas pelas outras com pressa pensando só nos seus problemas. Ia então ela aos bares na noite, mas na noite as pessoas não estavam a fim de achar o amor, queriam apenas se divertir, beber e conversar...
E no desespero ela ficava com o amor falsificado, ficava um tempo enquanto não desbotava...
Depois que isso acontecia, mais vontade ela tinha do amor verdadeiro encontrar, e não desistia. Resolveu ir para a Internet, achou que através da máquina que estava conectada no mundo seria mais fácil. E assim fez, foi para sites de relacionamentos, sala de namoros, preenchia formulários, participava de grupos de romances... Recebia e-mails daqui e dali, e teclava e teclava...
E de repente notou que um grande vazio começou a ficar nela embora tivesse tanta gente, na Internet. Descobriu então que era ela...e a máquina somente...pois quando desligava o computador não tinha ninguém mais!
Então lembrou que o amor tinha olhos, e olhos, querem olhar... Lembrou que amor quer cheiros, e cheiros, a máquina não deixa sentir...Lembrou que amor quer aconchegos, e a máquina não passa o calor, lembrou que o amor quer beijos...E a máquina separa...Não deixa nenhum sentido sentir...Então em desespero...Um novo sentido nela começou aparecer.
O sexto...E nesse era como se ela visse, como se sentisse, e aí viu como o amor estava raro...Pois descobriu que quase ninguém mais acreditava no amor verdadeiro...
Mas a mulher continuou a esperar e acreditar, pois se deixasse de acreditar, seria como não ter mais esperança, e quem não tem mais esperança já não está mais vivo, mesmo sabendo que quase, pode ser longe, e pode ser perto...

Sunday, November 14, 2004

Esta Criança

Existe uma criança em mim...
Uma criança que não me deixa esquecer,
De gargalhar quando a vontade vem..
E chorar tão facilmente... Assim repentinamente,
Por coisas que não entende
E nunca vai compreender...
Esta criança que em mim vive,
Tudo...Vive a... Perceber...
Pois sabe...Que tem...
Tantas coisas para apreender,
E não tem um minuto.. A perder!
Esta criança...Não me deixa envelhecer...
Pois tudo ela quer fazer!
Existe uma mulher em mim,
Que é só responsabilidade...
Mas não esquece... Que a vida,
É uma viagem...
Tem chegada...E tem partida,
E por isso... No entremeio,
Do chegar e do ir...
Entendeu...Que viver completamente,
É viver...O ser eu...Totalmente,
Existe uma criança em...Mim,
Que não me deixa esquecer...

Monday, November 08, 2004

Trégua...

Era dia,era noite...E assim era,
Dia após dia... Dia e noite,
Queria tanto....Entre o dia e a noite,
Um dia...Umas horas quaisquer,
Um dia que não fosse dia,
Uma noite que não fosse noite,
Queria uma trégua...Entre o dia,
Uma trégua... Entre a noite...
E assim ficou esperando achar,
Entre o dia e a noite,
Um tempo indeterminado que pudesse estar,
Oculto entre os dois....Noite e dia,dia e noite,
Talvez quem muito pedisse,
E acreditasse... Viesse um tempo,
Um tempo...Um tempo do nada,
Um tempo....De dar um tempo,
Um tempo para se achar,
Um tempo apenas,
Para desatar nós...
Se refazer...Esquecer,descansar,
Apenas... Uma trégua...
Entre o dia que não fosse dia,
Entre a noite...Que não fosse noite...

Saturday, November 06, 2004

Naquela Rua...Naquela...

Naquela rua...Naquela esquina,
Quando passo...
Saio de mim não sou eu,
Nem sei quem sou,
Mas não sou eu...
Naquela rua...Naquela esquina,
Nada vejo...
Naquela rua...É apenas,
Mais uma rua qualquer...
E, naquela esquina,
Ah! naquela esquina...
Quando saio de mim,
E ali naquela esquina... É que fico,
Vou sem mim...
Ali fiquei, ali fico,
Vou tão só, esqueci de me pegar,
Naquela rua...Naquela esquina...

Sem saber...

Sem saber que era louca...
Abriu a porta e saiu,
E aí viu...Todo o mundo na rua a olhava...
E não entendia o porquê?
Passou a mão no cabelo...E ajeitou...
E viu as vitrines, e esqueceu de tudo,
Foi caminhando sem parar, olhava e olhava encantada...
Sem saber que estava louca...Por não saber como era ser louca,
Por isso não sabia que era louca...
Sentiu uma brisa a passsar pelo corpo,
E viu que estava nua...
E... olhou para todos...E todos estavam vestidos...
Então nesse instante soube... Que ela era diferente,
Se...Era louca não sabia,
Mas que era diferente...Isto ela entendeu...

Friday, November 05, 2004

Apenas...

Não te amo,não te odeio,
Apenas não te chamo...
Falta? Não me fazes mais!
Pensas que não é triste isso pensar?
Digo com tristeza infinita...
Tanto tempo doado,
E tudo dissipado...
Por mais que eu procure,
Nada restou...Nem amizade ficou...
Quando pensamentos retrocedo,
Vejo como um filme...Onde a artista principal,
Era somente eu a dialogar... Com quem?
Não te amo, não te odeio,
Apenas não te chamo...Mais...

Monday, November 01, 2004

Como eras...

Não te quis...Não porque não me quiseste,
Mas apenas porque te desnudei...
E ao te desnudar te vi...Não como dizias ser,
Senão como eras...
Ai de mim! Que nunca imaginei que pudesse assim ser!
E de tão triste descoberta,
Fiquei amar não o que eras...
Mas aquele ser absoluto,
Que antes ( muito antes ) acreditei...
Ser eu...Ser tu... Pobres inocentes que fomos,
Eu por crer que tu eras tu,
E tu, por acreditares que eu,sendo eu,
Bastaria ser eu por mim...E por ti...